Recorda-se da canção “Um mundo ideal”, que Aladino cantou a Jasmine, sobre um mundo novo a descobrir? Na realidade, estas palavras poderiam pertencer ao Observatório Europeu do Sul. Graças a um dos seus telescópios, podemos agora, pela primeira vez, estudar um planeta fora do Sistema Solar, usando a luz refletida pela sua superfície!
Até esta data já foram descobertos cerca de 2000 exoplanetas. Os astrónomos conseguiram realizar as descobertas de muitos destes planetas utilizando truques inteligentes, como "observar a oscilação" (http://www.unawe.org/kids/unawe1234/pt) ou usar estrelas como lupas.
Isto deve-se ao facto de a luz dos planetas ser extremamente débil, por eles estarem muito distantes. Acabam por perder-se facilmente entre o esplendor das radiantes estrelas em torno das quais orbitam. Tentar fotografar um planeta distante é como tentar ver um pequeno brinquedo que brilha tenuamente num quarto cheio de luz.
51Peg b pode não ser um nome muito emocionante, mas é o nome de um planeta muito especial. Há vinte anos tornou-se o primeiro exoplaneta a ser descoberto em órbita de uma estrela normal (pertencente àquilo a que os astrónomos chamam sequência principal), como o nosso Sol. Agora tornou-se o primeiro exoplaneta a ser estudado diretamente com recurso à luz visível.
A capacidade de captar luz de mundos distantes é algo muito emocionante. Irá permitir-nos conhecer toda uma série de factos sobre eles. Podemos agora medir o seu tamanho, o caminho percorrido durante as suas órbitas, e muito mais!
Por exemplo, já descobrimos que 51Peg b é maior do que Júpiter, mas muito menos denso, e que orbita muito mais próximo da estrela mãe, o que o torna um mundo abrasador! Talvez não seja o lugar ideal para visitar, mas é um passo na direção certa.
Facto curioso
Os cientistas calcularam que milhares de milhões de estrelas na nossa galáxia terão entre um e três planetas que poderão ter água à sua superfície - o ingrediente fundamental para a vida!
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