Não deixa de ser curioso que, sendo o espaço um lugar muito frio, o objeto desta nova imagem cósmica se assemelhe a uma chama. Desde o centro branco e quente até às nuvens vermelhas que se elevam pelo espaço, passando pelas estrelas azuis que parecem chispas!
Este objeto é uma nebulosa (uma nuvem de poeira e gás cósmico), e além de parecer uma chama também age como uma (à exceção das estrelas azuis, que na realidade se encontram em frente à nebulosa, muito mais próximas da Terra).
Tal como o abrasador centro de uma chama, a parte mais quente desta nebulosa é a brilhante região central, onde se esconde uma multidão de jovens estrelas de grande massa. Apesar de não se poderem ver nesta imagem, essas estrelas estão a provocar efeitos dramáticos nas regiões vizinhas.
O gás no centro da nebulosa está a ser dramaticamente aquecido pelas jovens estrelas. À medida que o gás aquece expande-se através do gás vermelho, mais frio, que está à sua volta, tal como o vapor a elevar-se de uma chaleira com água a ferver.
Quando o gás quente atinge os limites da nuvem de gás, expande-se pela escuridão fria do espaço. Como temos um efeito semelhante ao de abrir uma garrafa de champanhe, este processo é conhecido como “fluxo de champanhe”.
E esta nebulosa tem mais para oferecer do que umas bolhinhas. Parece que se deram muitos nascimentos de estrelas no interior desta nuvem. E como aconteceram em diferentes alturas, existe uma variedade de estrelas de todas as idades, ou seja, em diferentes estádios da sua vida. Isto torna esta nebulosa especialmente interessante para os astrónomos que estudam o nascimento e desenvolvimento das estrelas.
Facto curioso
Esta nuvem cósmica corre um elevado risco de extinção. Isto não significa que morram muitas espécies ali. Em astronomia, “extinção” significa que a luz proveniente de um objeto é bloqueada por poeira cósmica, não conseguindo ser observada pelos nossos olhos ou telescópios na Terra.
Share: