Se sairmos para a rua numa noite escura e sem nuvens, sem telescópio, podemos ver no máximo cinco planetas: Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno podem ser vistos à vista desarmada.
Desde há milhares de anos que estes planetas exercem um enorme fascínio sobre as pessoas; porém, os espectaculares anéis de Saturno só se tornaram conhecidos depois da invenção do telescópio.
E passaram ainda cerca de 400 anos até termos imagens pormenorizadas desses anéis, quando a sonda Voyager passou perto do planeta, nos anos 80 do século passado. Elas revelaram que na realidade Saturno possui uma série de grandes anéis, compostos por milhões de pedaços de rocha e gelo, com tamanhos que vão desde o de grãos de poeira ao de verdadeiras montanhas.
Sabemos hoje que Saturno tem sete grandes anéis, separados por espaços vazios chamados ‘divisões’. Mas o nosso conhecimento sobre os anéis ainda está a evoluir. Um grupo de investigadores conseguiu recentemente medir o brilho e a temperatura dos anéis com um detalhe nunca antes visto.
Ao analisarem imagens térmicas, descobriram que um dos anéis era muito mais brilhante do que os seus dois vizinhos, o que quer dizer que está mais quente do que eles. O mais estranho é que um dos espaços entre eles, a chamada ‘Divisão de Cassini’, também brilhava muito, e isso denuncia que afinal não se trata apenas de um espaço vazio.
Acredita-se que estas zonas são mais quentes porque contêm menos partículas, o que torna mais fácil que o Sol aqueça as que lá existem. Além disso, estas são mais escuras, o que lhes permite absorver mais calor. Por outro lado, nas imagens normais, a divisão de Cassini aparenta estar vazia, enquanto os anéis que a ladeiam, com muito mais partículas, reflectem muita luz e por isso parecem brilhantes.
Facto curioso
Os cientistas pensam que os anéis de Saturno são feitos de fragmentos de cometas, de asteróides ou de pequenas luas que se desintegraram antes de atingir o planeta.
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