Alguma vez acordou de manhã e viu lá fora uma intensa neblina com aspeto sombrio, antes de o Sol romper de repente e rapidamente tudo ficar límpido? Bom, algo de muito parecido sucedeu ao Universo quando era muito jovem. Quando se formaram as primeiras estrelas e galáxias, o Universo estava cheio de um nevoeiro muito denso de hidrogénio gasoso, que travou a luz estelar na sua viagem pelo espaço. A imagem em cima mostra, através de um desenho elaborado em computador, a visão de um artista de como seriam estas primeiras galáxias.
As primeiras estrelas do Universo eram gigantes. “Cerca de 100 vezes mais massivas do que o Sol,” segundo o astrónomo Eros Vanzella. Estas estrelas emitem uma radiação muito forte no UV (conhecemos a luz UV como a responsável por nos bronzearmos). A um dado momento, esta forte luz UV limpou a neblina e permitiu que a luz estelar viajasse sem obstáculos pelo espaço.
Recentemente, os astrónomos utilizaram um telescópio chamado “Very Large Telescope” (Telescópio Muito Grande), que está situado no Chile, um país na América do Sul, para olhar para o passado, e puderam observar algumas destas galáxias da época em que o espaço se “limpava” desta neblina. (Para aprender como podem os astrónomos olhar para as galáxias do passado, clique aqui)
Os astrónomos notaram algo de surpreendente. No curto espaço de tempo entre o nascimento das galáxias mais velhas e o das galáxias mais jovens observadas neste projeto, o Universo passou de muito nebulado a praticamente límpido. Isto sucedeu “mais depressa do que os astrónomos tinham pensado anteriormente,” referiu a astrónoma Laura Pentericci.
Facto curioso
Apesar das galáxias que os astrónomos observaram serem das primeiras a formarem-se, nasceram quando o Universo tinha entre 780 e 980 milhões de anos! Mas como o universo tem 13.700 milhões de anos, antes dos 1000 milhões de anos são todas consideradas como bebés!
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Este Space Scoop é baseado Nota de Imprensa Científica do ESO
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